Durante esse tempo, entrei em contato com várias editoras, enviei o original e, na maioria das vezes, não obtive uma resposta sequer. Quando recebia, era uma carta agradecendo o interesse pela editora em questão, mas “infelizmente nosso catálogo já está preenchido e não estamos abertos a novos autores” – uma frase-chavão que me acostumei a receber. E as cartas chegavam tão rapidamente que, certamente, nem havia dado tempo de sequer abrirem o original para saberem do que se tratava a história.
Gastei muito com cópias do livro e custos de envio, já que até algum tempo não era tão comum as editoras aceitarem envio de material online. Mas eu achava que, quanto mais editoras recebessem meu original, mais chances eu teria de ele ser publicado. Certo e errado. Sim, aumentando o número de editoras a que seu texto está exposto, pode aumentar as chances de alguém se interessar por ele. Mas apenas se essas editoras têm o perfil de seu livro, ou, dizendo de outra maneira, se o seu livro se encaixa no perfil da editora.
Aprenda a escolher a melhor editora para enviar seu original
Depois de várias cartas de rejeição, acabei deixando o projeto engavetado por um tempo para cuidar de alguns projetos pessoais. Quando resolvi novamente apresentá-lo ao mercado editorial porque achava que tinha potencial para publicação, fiz uma triagem bem mais acurada de para onde iria enviá-lo. Havia decidido que dessa vez seria mais seletiva, já que mandar para muitas editoras não se mostrara tão efetivo assim.
Um primeiro critério de seleção é escolher editoras que se mostram abertas a receber propostas de novos escritores. Uma navegada cuidadosa no site da editora dá para perceber se eles acreditam na importância de investir em autores inéditos e, caso esteja indicado que “não avaliamos material que não foi solicitado por nós”, nem gaste seu tempo e dinheiro. Provavelmente seu original não será nem mesmo aberto.
As vantagens de uma editora pequena
Quando se trata de estreantes na literatura, as editoras menores apresentam uma vantagem sobre as demais: devido ao menor número de autores (e também à ausência de autores-celebridades), o contato é muito mais próximo e seu livro pode receber uma atenção que não receberia em uma gigante editorial – onde o autor estreante é apenas “mais um” no processo. O dono da Lua acabou sendo editado pela Escrita Fina Edições, um editora que tinha apenas dois anos na época e especializada em literatura infantojuvenil, o que me garantia a valorização do meu livro, que tem temática infantil.
E essa se mostrou, realmente, a melhor editora para o meu livro. Além de ser uma editora especializada, os ainda poucos autores permitiam que eu acompanhasse de perto todo o processo de edição e fosse “ouvida” em minhas expectativas. O livro foi ilustrado pela competente Martha Werneck, ilustradora sugerida pela própria editora que prima pela qualidade editorial e valorização tanto da obra quanto do autor. Consegui, ali, desenvolver uma relação editora-autor que, certamente, seria muito difícil se eu estivesse em uma editora de grande porte.
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