9 dicas para escrever um romance de fantasia.
A literatura de fantasia, que há muito tempo já arrebata leitores no país, vive agora um momento de crescimento também para os escritores. As editoras brasileiras têm investido em talentos da terra e cada vez mais é possível ver títulos nacionais ao lado de títulos estrangeiros nas livrarias, e vários com vendagem e repercussão bem consideráveis. Novas editoras e selos têm surgido para aumentar o mercado e a oferta de produtos, ajudando a propagar a literatura de fantasia, como é o caso da revista Bang!, editada e distribuída gratuitamente pela editora Saída de Emergência Brasil, sobre a qual já falamos aqui. Então é hora de tirar o original da gaveta e aproveitar o momento do mercado, ou então começar a escrever agora sua história. Para ajudá-lo nessa tarefa, daremos a seguir nove dicas para escrever um romance de fantasia.
Dicas para escrever um romance de fantasia
- Escolha o cenário onde sua história será ambientada. É muito comum livros de fantasia terem como cenário países míticos ou mundos maravilhosos cujo funcionamento não podem ser explicados racionalmente. Só não se esqueça que o leitor não está familiarizado com esse ambiente criado por você, então é preciso apresentá-lo a ele. Quando um romance é situado no mundo real, pressupõe-se que não haja problema para a compreensão de como ele funciona. Já no caso de um reino de fantasia, é necessário que isso seja explicado para que o leitor possa acompanhar a narrativa sem qualquer prejuízo. Além de que uma das forças da história de fantasia está justamente na descrição dos ambientes, suas características singulares e a de seus habitantes.
- Crie personagens críveis. Não é porque você está falando de elfos, magos ou qualquer outro ser fantástico que pode se descuidar da sua criação. Seres fantásticos precisam ser tão aprofundados quanto qualquer outro personagem. Mas isso não quer dizer que você precisa ficar preso a estereótipos. Elfos, por exemplo. Na mitologia de Tolkien, são seres altos, loiros, bonitos e habilidosos com o arco e flecha. Já os elfos de Rowling são seres baixinhos, orelhudos, sem nenhuma graça e sua habilidade está nos serviços domésticos, para o qual são mantidos escravos.
- Além do personagem principal, o herói da história, é preciso povoar seu mundo mítico com outros personagens, criar o seu universo. Escritores de fantasia, quando alcançam uma certa posição, são reconhecidos por seu universo – o conjunto entre personagens e locais onde suas histórias são ambientadas. E as diferenças de personagens para cada escritor, como o exemplo dos elfos que demos no tópico anterior, é o que tornará os universos únicos. Anjos, zumbis, vampiros… Eles estão por toda parte. Mas cada autor procura criar seu universo com características próprias.
- É preciso que entre tantos personagens não-humanos haja também algum, ou alguns, bem próximos do que conhecemos como humano. De preferência, o herói da sua história. Dessa forma, o leitor se identificará mais facilmente com o personagem, será capaz de sentir os medos e temores ao longo da jornada.
- Dê nomes diferentes aos seus personagens. Boa parte da personalidade deles estão em seus nomes e, em livros de fantasia, nomes fora do comum são bem-vindos. Busque em mitologias de outras culturas, livros históricos, modifique nomes conhecidos tornando-os… fantásticos.
- Crie um grande desafio que seu herói terá de enfrentar, para o qual ele contará com o apoio de alguns seres que encontrará ao longo do caminho. Seres com habilidades que o herói não tem. Além do grande desafio, é preciso inserir pequenos obstáculos que vão sendo superados até se chegar ao grande desafio final. Isso garantirá que nunca faltará ação à narrativa. Recuperar algum objeto mágico costuma ser um desafio bastante utilizado, mas também vale o desafio de destruir um objeto – vide O senhor dos anéis.
- Insira elementos sombrios no seu texto. Os seres da sombra mantêm nossos sentidos alertas e nos lembram que mesmo nós guardamos nosso lado sombrio. Eles fazem um contraponto com os seres luminosos, uma metáfora que expressa os sentimentos contraditórios que convivem dentro de um mesmo humano. Enquanto nós somos constituídos de contradições, os seres mágicos têm sua índole muito bem definida: ou eles estão a favor do herói ou contra ele.
- Inicie o romance com uma cena de impacto, na qual o leitor será surpreendido e fisgado, fazendo com que queira continuar a leitura. Nessa abertura comece a dar informações sobre o seu cenário e personagens, para que o leitor vá se ambientando. Ao narrar a cena, descreva o local onde ela se passa, quem são os personagens que fazem parte, que poderes eles têm e como isso introduz o desafio que seu personagem principal irá enfrentar.
- E por último, mas não menos importante, assim que você começar a criar seu cenário e personagens (antes de começar a escrever a história) faça um guia para sua consulta. Nomes dos personagens, características, poderes, habilidades, fraquezas, ambientes, nome de cada local e assim por diante. Não cometa o erro de pensar que vai se lembrar de tudo, que anotar é desnecessário, pois à medida que você for fazendo mais pesquisas para a história, ou mesmo escrevendo, novas ideias vão surgindo. Vai chegar um momento em que você não dará conta de um universo completo, e o guia será muito útil para consultar ou tirar dúvidas. Talvez você até possa utilizar uma parte dele no próprio livro, ao final, como um roteiro para o leitor não se perder em seu universo.
Se quiser mais dicas sobre como escrever um romance de fantasia, esse site é uma boa fonte de consulta (detalhe: é em inglês).
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