Ideias que inspiraram livros famosos.
Uma boa ideia é o primeiro passo para começar a escrever um livro. Mas nem sempre elas estão ali, à nossa disposição, quando mais precisamos delas. Já apresentamos aqui no blog dicas para conseguir boas ideias e quebrar o bloqueio criativo. Há, no entanto, situações em que elas aparecem nos momentos mais inesperados, quando sequer as estávamos procurando, e transformam-se em grandes obras. O Writersdigest compilou 10 ideias que inspiraram livros famosos, e que apresentaremos abaixo juntamente com dicas para você tirar proveito das mesmas situações apresentadas.
Os livros e as ideias que os inspiraram
Em comum, os livros abaixo têm o fato de terem sido inspirados por ideias que tomaram seus autores de assalto, lampejos de criatividade que surgiram inesperadamente e mostraram grande potencial para a criação literária.
1. O Hobbit, de J.R.R Tolkien
Enquanto corrigia algumas provas da universidade, Tolkien deparou-se no meio da pilha com uma singela folha em branco. Resolveu rabiscar nela a primeira coisa que lhei veio à mente: “Em um buraco no chão morava um hobbit”. No entanto, ele não tinha a mínima ideia do que era um hobbit ou de por que morava em um buraco no chão. Então pôs-se a trabalhar naquela frase para resolver o mistério. O resto da história já conhecemos.
DICA: Folhas em branco podem instigar a escrita aleatória, sem direção nem planejamento, que em alguns casos acabam por revelar boas ideias para serem trabalhadas.
2. A volta ao mundo em oitenta dias, de Julio Verne
Enquanto folheava um jornal em um café parisiense, Verne viu um anúncio que oferecia a turistas a oportunidade de dar a volta ao mundo em oitenta dias. Imediatamente a mente do escritor começou a funcionar e, a partir do que era um grande feito para a época, esboçou o que viria a ser um de seus livros mais conhecidos.
DICA: Publicidade é um terreno essencialmente criativo, portanto um grande repositório de boas ideias.
3. Cem anos de solidão, de Gabriel Garcia Marquez
Garcia Marquez estava levando sua família de carro para uma viagem de férias a Acapulco. Tão logo agarrou o volante, a primeira linha do romance pipocou em sua cabeça. O escritor meteu o pé no freio, deu meia-volta e encerrou sua curta viagem para trabalhar no restante da história. A sentença que dá início à história é: “Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo.”
DICA: Atividades como dirigir e tomar banho costumam ser boas ocasiões para estimular a mente.
4. Anna Karenina, de Leon Tolstói
Tolstói havia acabado de se deitar no sofá após o jantar quando teve a visão de um cotovelo. A imagem se expandiu para uma mulher melancólica em um vestido de baile. A garota misteriosa passou a assombrá-lo e, posteriormente, o autor decidiu escrever a história dela.
DICA: Imagens que aparecem aleatoriamente, em sonho ou acordado, podem render boas histórias se tentarmos descobrir a história que reside por trás daquela imagem.
5. A menina e o porquinho, de E.B. White
White havia decidido que escreveria um romance sobre salvar a vida de um porquinho, mas não sabia se conseguiria dar conta da tarefa heroica. Caminhando pelo pomar em direção ao chiqueiro foi que teve a inspiração. Seu pensamento voltou à imagem da aranha cinzenta que havia tecido uma intrigada teia em sua casa. Ela era perfeita para o papel.
DICA: Pequenos detalhes, acontecimentos, situações do dia a dia podem ganhar proporções memoráveis em uma história bem construída. Preste atenção ao que normalmente passa despercebido.
6. O mágico de Oz, de L. Frank Baum
Numa ocasião em que contava uma história para seus filhos, Baum foi abruptamente interrompido. Ele havia sido arrastado para uma terra muito diferente do que qualquer outra que a imaginação humana já houvesse criado. O autor levou as crianças para outro aposento e, página por página, passou a documentar a viagem de Dorothy ao longo da estrada de tijolos amarelos.
DICA: Histórias inspiram histórias. Leia. Muito. Especialmente o gênero em que pretende escrever.
7. A ilha da fantasia, de Robert Louis Stevenson
Stevenson havia pintado um mapa para passar o tempo durante suas tristes férias nas Highlands escocesas. Quando se afastou, um bando de piratas imaginários apareceu. Mais tarde, ele recordaria: “Eles passavam para lá e para cá, lutando e caçando tesouros, sobre aqueles poucos centímetros quadrados de uma figura plana.” Rapidamente, trocou o pincel pela pena e começou a escrever.
DICA: Imagens costumam inspirar histórias. Deixe sua imaginação viajar em um desenho, uma foto, uma pintura. Imagine aquela imagem como um cenário onde uma incrível história está acontecendo.
8. Rip van Winkle, de Washington Irving
Irving estava sofrendo de bloqueio de escritor. Seu cunhado resolveu animá-lo rememorando algumas histórias de infância. Subitamente Irving saiu da sala. Na manhã seguinte apareceu com uma nova história inspirada na conversa.
DICA: Exercícios para quebrar o bloqueio de escritor estimulam a criatividade e propiciam o surgimento de novas ideias. Garanta o seu exemplar gratuito do ebook Desbloqueio criativo: como soltar a imaginação, com mais de 60 técnicas e exercícios criativos, aqui.
9. O leão, a feiticeira e o guarda-roupa, de C.S. Lewis
Em um dia como outro qualquer, aos 16 anos, Lewis foi tomado por um devaneio peculiar. Uma criatura, metade homem e metade cabra, correu pelo bosque carregando um guarda-chuva e um pacote. O autor não tinha ideia de para onde o fauno estava indo, mas aquela imagem permaneceu com ele até que, com 40 anos, resolveu começar a escrever para descobrir que história era aquela.
DICA: Lampejos de infância, imagens que nos acompanham sem sabermos o porquê, podem esconder boas ideias.
10. A revolução dos bichos, de George Orwell
Ao observar um menino guiando uma carroça através de um caminho estreito, Orwell teve um pensamento incomum: e se os animais de repente percebessem a força que têm? Sua pergunta hipotética evoluiu para uma novela metafórica sobre animais que tomam posse de uma fazenda.
DICA: Desde a época das fábulas de Esopo que animais são excelentes personagens literários. E não apenas para crianças, já que esse livro, voltado para o público adulto, traz em si uma forte crítica política por trás de sua história incomum. Por isso, não subestime o poder dos animais nas narrativas.
Você já teve alguma ideia em uma situação incomum? Conte pra gente.
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