O que a Terra Média, o País das Maravilhas e Nárnia têm em comum? São mundos ficcionais criados tão perfeitamente que nos seduziram e tornaram suas histórias inesquecíveis. J. R. R, Tolkien, Lewis Carroll e C. S. Lewis são apenas três exemplos de escritores que transformaram seus mundos em realidade para milhões de leitores mundo afora. Existem algumas regras na construção de mundos que podem ser percebidas nos três casos citados, e que você pode acompanhar a seguir e aplicar na sua próxima história.
7 passos essenciais para construir mundos ficcionais
1. Descubra que tipo de mundo se encaixa no seu plot. A sua história precisa de um mundo medieval com cavaleiros e donzelas, um reino mágico com elfos e magos ou um cenário futurista com naves e robôs? Esse é o primeiro passo na criação de mundos ficcionais: descobrir o que você precisará criar. É comum plots servirem a mais de um gênero de história, bastando para isso mudar a ambientação. Por exemplo, a história de um garoto que pretende vingar a morte de seu pai pode se transformar em um aventura de capa e espada, um romance policial ou uma história de fantasia. Cabe a você decidir.
2. Faça uma pesquisa. Mesmo universos criados guardam alguma semelhança com mundos reais – ou pelo menos alguma característica deles. [pullquote]Uma pesquisa histórica pode ser uma excelente fonte de informação para a construção de mundos ficcionais.[/pullquote] Isso porque a riqueza da história mundial é capaz de fornecer modelos, padrões ou sugestões interessantes. Que tal uma pesquisada no material relativo à Idade Média para construir o mundo perfeito para aquela sua história medieval?
3. Estabeleça regras para o seu mundo. É preciso haver consistência, mesmo em mundos ficcionais. Se você não estabelecer o que pode e o que não pode ser feito, o leitor ficará perdido e sua história ganhará um tom “nonsense”. Sejam regras da física, regras governamentais ou regras naturais: estabeleça a sua realidade alternativa de forma coerente. Certifique-se de deixar claro o que é permitido, o que é proibido e o que é passível de penalização. E lembre-se que o ambiente natural também carrega suas próprias regras.
4. Invente ou recrie raças para o seu mundo. Quando você cria mundos ficcionais certamente irá querer criar também raças específicas para provoá-los – ou pelo menos adaptar as conhecidas para a sua realidade. Que tipo de criaturas existem? Como se comportam? Que tipo de tradições carregam e qual o seu comportamento: dócil, violento, selvagem? Tenha em mente a sua história para que essas raças encaixem-se nos seus propósitos.
5. Configure sua sociedade. Estabelecer uma sociedade é mais do que apenas criar raças diferentes. Na sociedade, há regras comuns e comportamentos desejáveis que sobrepõem-se às características raciais. Existem classes nessa sociedade? Com o que trabalham? Que língua falam? Quais são as estruturas da sociedade? Tudo isso ajudará a compor o seu universo literário.
6. Crie a aparência do seu mundo. Seus mundos ficcionais precisam ter um visual condizente com as regras que você criou para eles. E aqui também cabe um pouco de pesquisa. Para um romance de ficção científica, que tal uma olhada no cenário futurista de Blade Runner? E não se esqueça que dentro de cada gênero há referências diferentes. Um mundo medieval não é sempre igual. Por isso, você pode se inspirar em situações reais ou mesmo um ou outro detalhe de outro mundo ficcional, mas o principal é deixar a sua marca, aquilo que irá caracterizar a sua criação.
7. Desenvolva personagens que são plausíveis no seu mundo. Robôs em um mundo medieval? Dificilmente. A menos que você esteja trabalhando com viagem no tempo. Da mesma forma você colocar um mago em uma aventura futurista, é preciso fazer muito sentido. Agora que você já sabe como é e como funciona o seu mundo tenha o cuidado de criar personagens compatíveis com eles. Afinal, quanto mais coerentes nossos mundos ficcionais, mais nossos leitores se envolverão com a nossa história.
Uma boa forma de testar se nossos mundos ficcionais parecem coerentes é nos colocarmos no lugar de um visitante de outro mundo. Ao chegar em nosso mundo, o que esse visitante veria? Que impressão teria? Pareceria coerente o que está acontecendo ali? O Escriba Encapuzado listou alguns mundos da literatura de fantasia que você deveria conhecer se está escrevendo um romance do gênero.
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