Embora ainda há quem goste de difundir o mito de que um escritor já nasce pronto – e, infelizmente, na maioria das vezes, para desmerecer o esforço necessário para a construção de uma obra – volta e meia encontramos depoimentos de autores mostrando que o ofício da escrita é um longo caminho de aprendizado. O americano Stephen King, um dos mais conhecidos escritores de horror fantástico da sua geração – mas também com importantes obras em outros gêneros -, tendo sido publicado em mais de 40 países e com adaptações para cinema e TV, fez questão de listar as obras que contribuíram para a sua formação.
Foi em uma carta enviada a um colegial, em 1992, que Stephen King listou os livros que o ajudaram a aprimorar sua escrita. Jesse S. Greever, o garoto que acabou virando escritor, trabalhava em uma biblioteca e havia escrito a King solicitando algum material para fazer uma vitrine sobre sua obra. Juntamente com o material, o autor enviou-lhe uma carta – que você pode conferir abaixo – onde detalhava muitas de suas influências e inspirações.
As influências de Stephen King
Na carta, Stephen King diz ao jovem que, como leitor, ele se considera o equivalente literário a um onívoro, mas que seu gosto recai principalmente para o mistério, o suspense e o horror. E, então, começa a listar os livros que, segundo ele, o ajudaram no curso da sua própria escrita. São eles:
- O Senhor das Moscas, de William Golding – “o melhor romance de suspense já escrito”, nas palavras de Stephen King
- Eu sou a lenda, de Richard Matheson
- O incrível homem que encolheu, de Richard Matheson – esses dois de Matheson, segundo King, “histórias incríveis de pessoas comuns cujos mundos comuns são virados do avesso por horrores extraordinários”
- Os mistérios da 87ª delegacia, de Ed McBain – “que me mostraram como escrever diálogos realísticos”, declarou
Sobre a criação de plot, Stephen King disse que aprendeu muito a partir dos seguintes livros:
- O assassinato de Roger Ackroyd, de Agatha Christie
- Rebecca, de Daphne du Maurier
- Um beijo antes de morrer, de Ira Levin
Ele também cita algumas obras que o mostraram como descobrir verdades universais que existem em lugares específicos. É o caso de:
- Luz em Agosto, de William Faulkner
- O intruso, de William Faulkner
- O quinto da discórdia, de Robertson Davies
- As regras da casa de sidra, de John Irving
- A Prayer for Owen Meany (sem tradução), de John Irving
No que se refere a romances de personagens, Stephen King cita as seguintes histórias como sendo as que lhe ensinaram alguma coisa:
- Um estranho no ninho, de Ken Kesey
- O colecionador, de John Fowles
- Eu sou a lenda, de Richard Matheson, novamente
E, para finalizar, o autor diz que aprendeu o valor literário das histórias de horror com os seguintes livros:
- Macbeth, de Shakespeare
- Os ratos nas paredes (conto), de H. P. Lovecraft
- Psicose, de Robert Bloch
- O toque mágico, de F. Paul Wilson
O universo de Stephen King
E agora que sabemos que livros influenciaram a escrita de Stephen King, que tal dar uma olhada no universo que criou com suas obras? Gillian, do site Tessiegirl, criou o fluxograma “O universo de Stephen King” com as obras do autor e a conexões entre elas. É uma boa forma de descobrir como ele relacionou suas inúmeras histórias. Dê uma olhada abaixo.
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