Então você quer escrever para crianças, certo? Já conhece as categorias de livros infantis e decidiu em que gênero escrever sua história. Mas ainda não está bem certo sobre o que significa ser um autor infantil. O que há de tão diferente assim entre escrever para adultos e escrever para o público infantil? Antes de mais nada é preciso comprometer-se com o que vai fazer. Conhecer literatura infantil é o primeiro passo nessa caminhada, mas há algumas atitudes que são essenciais a quem faz essa escolha.
Dedique-se a conhecer o seu ofício
Escrever para criança é tão complexo quanto escrever para adulto. Não caia no mesmo erro de muitos críticos que consideram literatura infantil uma arte menor só porque estamos falando com crianças. Textos infantis merecem o mesmo cuidado e a mesma dedicação de textos adultos, por isso é importante conhecer muito bem o seu ofício. Dedique-se a aprender a arte da escrita de ficção, especialmente na literatura infantil, para dar ao leitor a melhor história possível.
Não subestime o seu leitor
Crianças não aceitam tudo que lhes é dado, pelo contrário, são leitores extremamente exigentes. Não se engane pensando que é possível enganá-las criando histórias sem nenhum apelo ou cuidado. Nem cometa o pecado de explicar a sua história. Crianças não são burras. Elas compreendem muito além do imaginamos. Deixe que cada leitor assuma o controle da sua interpretação, sem tentar controlá-los.
Dê a seu público o protagonista que ele quer
Ver um adulto chegar no meio da história para salvar o dia não é exatamente o que uma criança espera encontrar em um livro feito para ela. Em literatura infantil coloque a situação nas mãos das crianças. Elas querem ver que são capazes, sim, de resolver problemas e salvar o dia. O leitor quer se identificar com o protagonista. Ver que ele também tem qualidades e defeitos, possibilidades e limitações, como qualquer um.
Não se esqueça que você está fazendo ficção
Se você decidiu escrever para criança com o objetivo de passar lição de moral é melhor repensar a sua escolha. O papel de um autor de ficção é contar boas histórias, é isso que o leitor espera de nós. Se, ao longo da narrativa, o protagonista aprendeu algo que provocou mudanças nele, ótimo! Mas não use um amontoado de cenas simplesmente para tentar ensinar algo. Isso é função dos didáticos e paradidáticos, não é literatura infantil. A criança não perdoa e larga uma história se ela não for interessante o suficiente como… história.
Pense fora da caixa
Crianças nos surpreendem o tempo todo. Elas são mestres em pensar fora da caixa, vir com soluções inusitadas, aparecer com algo que sequer imaginamos. Então como escrever uma história que não siga o mesmo caminho? Como manter-se preso ao lugar comum, ao já esperado e conhecido? Coloque-se no lugar do leitor infantil e imagine como ele agiria naquela situação. Surpreenda a si mesmo e ao leitor que pegar o seu livro para ler.
Esse post faz parte da série Criança na Literatura, em comemoração ao mês da criança. Perdeu os posts anteriores? Siga os links:
[1] Quer escrever para criança?
[2] Categorias de livros infantis: saiba onde sua história se encaixa
[3] A manta e as histórias que ajuda a aconchegar
[4] Leia para uma criança: Itaú distribui livros infantis
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