Há 133 anos, em Torquay, Inglaterra, nascia Agatha Mary Clarissa Miller. Ou, para ser mais precisa, Dama Agatha Christie. Sim, Agatha Christie é uma Dame Commander do Império Britânico, o equivalente ao título masculino de Sir dado aos cavaleiros da Ordem do Império Britânico.
Mas quem é essa autora que recebeu a maior comenda do Império Britânico e o que está por trás do sucesso da autora mais publicada de todos os tempos, ficando atrás apenas da Bíblia e das obras de Shakespeare? É isso que vamos desvendar nesse post.
A alcunha de Rainha do Crime ela ganhou justamente pela capacidade de escrever romances policiais memoráveis, no total mais de 80 obras, que se transformaram em fenômeno de venda. Pois a razão do sucesso estrondoso das obras de Agatha Christie também despertou a curiosidade de três linguistas ingleses e eles decidiram fazer uma pesquisa detalhada em seus romances para encontrar pontos em comum. Chegaram, inclusive, a levantar uma hipótese de que haveria uma fórmula matemática que explicaria tal sucesso. O resultado da pesquisa ficou conhecido como “código Agatha Christie” e foi divulgado em um documentário para a TV inglesa.
O código Agatha Christie
Agatha Christie começou a escrever por conta de um desafio feito por sua irmã que já era escritora. A irmã disse que ela jamais seria capaz de escrever uma história de detetive. Mais de 80 livros e 50 peças depois, não há dúvidas de que ela superou, e muito, o desafio. Inclusive a peça A ratoeira é a peça há mais tempo em cartaz no mundo: está em cartaz em Londres há mais de 65 anos. Mas será que existe mesmo um código que explique a razão do seu sucesso?
O estudo dos linguistas ingleses demonstrou que a escritora usava técnicas literárias que espelhavam as utilizadas por psicólogos e profissionais da hipnose, cujo resultado era provocar efeitos psicoquímicos nos leitores, que sempre retornavam a seus livros em busca de mais do mesmo. Se essa teoria representa o verdadeiro sucesso de Agatha Christie, é difícil dizer. Mas vale a penas observar outros achados interessantes da pesquisa que podem demonstrar um método regular de escrita da autora.
Agatha Christie usava uma linguagem simples, do dia a dia, do inglês médio, e não tentava introduzir novas palavras. Por exemplo, quase sempre usava a palavra “disse” como verbo discente para acompanhar os diálogos. O seu foco estava na trama, não fazia uso de um vocabulário rebuscado para que pudessem se concentrar na trama.
A solução dos crimes estava sempre associada aos capítulos iniciais da história. Essa é uma ótima dica para prestar atenção quando for ler algum livro da autora. Se o livro tivesse menos de 55 mil palavras, quase sempre o assassino era uma mulher, mas se o livro tivesse mais de 71 mil palavras, quase sempre o assassino era um homem.
A autora costumava repetir em seus livros uma mesma ideia básica só que desenvolvida de forma criativa, de forma inovadora. Ela introduzia ideias complexas de forma simples e rápida. Nas suas histórias, ninguém está livre de suspeita. A autora era capaz de controlar a velocidade com que os leitores iriam ler, por exemplo, com muita descrição no início, para uma leitura mais lenta, ao contrário da leitura rápida rumo ao final. Trabalha a antecipação, provocando os leitores a tentarem descobrir o culpado.
Se existe mesmo uma fórmula que explique o sucesso de Agatha Christie, é difícil dizer. O que não dá pra negar é que, mesmo depois de tanto tempo, seus livros ainda continuam encantando amantes de mistério de todas as idades.
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